1996 - Bons Tempos Voltam Sustentados
1996 é um ano sem grande história, com uma subida gradual e sustentada de 35% do
índice. As cotações vão aumentando, uns 0,2% por dia, sem pressas e sem mini-crashes
pelo meio. Veja a evolução do BVL 30.
Há um forte efeito Janeiro em 1996, mas o ano é passado em lenta subida. Mais uma vez,
trata-se de uma correcção técnica aos fundamentais muito baixos de fins de 1995. Note a
consistência do lanço de subida, sem oscilações de maior. O que se passou foi um lento
acumular de papel pelos fundos e grandes casas internacionais, devido aos bons
fundamentais, baixas taxas de juro e previsão de entrada da Bolsa nacional no índice
Morgan Stanley (que ocorreu em 1997). No fim do ano, parecia evidente que a alta estava
para durar devido ao aspecto sustentado da subida e ao facto de ela ter sido menos rápida
do que a de 1993.
As estrelas são as principais blue-chips: PT, Cimpor, Sonae, BCP, BPI, BES, Jerónimo
Martins, Continente, mas não Portucel, nem BTA nem BPSM.
Nessa altura entra a Telecel na Bolsa. Muitos analistas acharam o preço da OPV (7 contos,
menos de um terço do valor equivalente de hoje e menos de um sexto do que atingiram em
2000) muito caro, por ser 7 vezes o valor nominal e o PER ser muito alto... Não tiveram
em conta o explosivo crescimento do mercado de telemóveis (na altura ainda no começo)
que viria a ser sem paralelo em Portugal.
Note também um dia de correcção no início de Dezembro. Nesse dia, em pânico, alguns
investidores venderam tudo (houve uma correcção internacional), antecipando um mau ano
seguinte!
(Anterior: Abril de 1994 a Dezembro de 1995 -
Resvalar Lento Exaspera)
(Seguinte: 1997 - Euforia na Bolsa da
Globalização)
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