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TOUR HISTÓRICO PELA BOLSA PORTUGUESA

Abril de 1994 a Dezembro de 1995 - Resvalar Lento Exaspera

Sucede-se um bear market que virá a durar cerca de 21 meses, com as cotações a resvalarem lentamente, embora pouco em termos percentuais. Após o primeiro lanço de descida acentuado, de cerca de 20%, até Julho de 1994, o mercado torna-se lateral para, a partir de 1995, começar a resvalar lentamente. Durante 1995 resvalará 16% (variação do índice "Principal", mostrado no gráfico; o BVL 30 desceu apenas 9% em 1995).




Apesar de a descida ser de pequena amplitude, ela tem repercussões junto dos investidores, pois ninguém gosta de estar a perder muito tempo, e este bear market durará quase dois anos. Por isso, em meados de 1995, muitos investidores começam a abandonar a Bolsa, vendendo as suas acções. Note como o resvalar se acentua em Outubro de 1995, com a chegada das eleições.

Não que o mercado visse com maus olhos a chegada do PS ao poder (as fortes subidas de 1996 a 1998 provaram o contrário; já não se estava em 1986!). Mas via com maus olhos o descrédito em que estava a cair o Governo de Cavaco Silva no último ano e meio e os sinais inquietantes visíveis na economia: muitas empresas ainda em crise (embora o clímax da mesma tivesse sido em 1993), um downsizing ou desaparecimento de muitas indústrias (o que incluía falências de empresas cotadas, um movimento que foi forte entre 1990 e 1995 e quase deixou de se verificar desde então), a invasão crescente das multinacionais estrangeiras, que parecia não darem muitas mais hipóteses aos empresários nacionais, a perda crescente de importância da Bolsa portuguesa em termos internacionais. Será que a indústria ia despedir a maior parte dos operários? Será que ia deixar de haver agricultores?

No entanto, em termos de Bolsa, havia alguns sinais muito promissores. Em primeiro lugar, as taxas de juro e a inflacção continuavam a descer, o que tornava os aforradores menos afoitos aos depósitos e às obrigações.

Segundo, a descida das cotações e o aumento de lucros das empresas e dos dividendos torna, de novo, os yields muito atractivos. Que eu me lembre, só em Outubro de 1988, Fevereiro de 1993 e Novembro de 1995 houve condições tão favoráveis, em termos de comparação entre o yield das acções e o das obrigações. De todas estas situações, a de 1995 foi a mais favorável. Veja a lista dos fundamentais da época. Encontram-se dividend yields entre os entre os 4 e os 7% para muitas blue-chips (Sonae, Efacec e bancos) e vários PERs abaixo de 10 (Os PERs do BTA e do BFE estão abaixo de 10, os do BES e BPI estão em 11, o do BCP em 14).




Assim, o mercado altista que se seguiu era fácil de prever. Entretanto, as privatizações lançam novas blue-chips na Bolsa: Bonança, Cimpor, Portucel, PT e BPSM. A Marconi é retirada da Bolsa com uma OPA a 6 contos (tinha atingido 1800$ na fase pior do mercado em 1992) e os vendedores têm a opção de trocar por acções PT a 2700$... Muitos não quiseram, achando a PT cara a 2700$...

(Anterior: 1993 - Recuperação Fulgurante)

(Seguinte: 1996 - Bons Tempos Voltam Sustentados)